Os dados divulgados no Guia Hays 2023 apontaram três fatores de maior insatisfação para profissionais no contexto económico atual. Em primeiro lugar, os profissionais colocaram a falta de progressão de carreira. Em segundo lugar, a falta de oportunidades de desenvolvimento/formação.
Relativamente ao salário, o terceiro fator de maior insatisfação, os dados apontaram disparidades entre as perspetivas dos profissionais e dos empregadores. Dados do relatório revelaram que 48% dos empregadores afirmam ter efetuado aumentos entre os 2,5% e os 9,9% e 23% procederam a aumentos até 2,4%.
Já do lado dos profissionais, 37% disseram ter sido aumentados este ano – valor mais elevado desde 2018, tendo aumentado 9% quando comparado com 2021.
Relativamente à evolução salarial dos profissionais: 55% referiram que o seu salário permaneceu igual – apenas 15% foram aumentados em até 2,4% e 16% entre 2,5% e 9,9%; 62% dos profissionais nem sequer pediram um aumento salarial em 2022 e 23% pediram, de facto, um aumento salarial, porém sem sucesso.
Expectativas e negociações salariais dos profissionais
As expectativas relativamente ao aumento salarial foi outro dos dados em que o ponto de vista dos profissionais e dos empregadores diverge. 31% dos profissionais esperam que o seu salário aumente em, pelo menos, 10% em 2023. No entanto, apenas 7% dos empregadores preveem que o salário dos profissionais aumente 10% este ano.
No que diz respeito às negociações do pacote salarial, 36% dos profissionais afirmam ter negociado o seu pacote salarial este ano – o que representa um aumento de 5% face ao ano anterior.
Transparência salarial
O relatório Guia Hays 2023 também inquiriu os profissionais sobre a forma como os seus empregadores asseguram a transparência relativamente aos aumentos e níveis salariais.
Os dados permitem inferir que: 2% dos inquiridos sabem o salário de todos os colaboradores; 4% conhecem os intervalos salariais; 16% explicam que existem critérios estabelecidos para aumentos salariais; 65% não veem nenhuma das opções aplicável à sua organização; e 13% nem sequer têm a certeza se existem parâmetros para garantir a transparência salarial.