De acordo com o Público, uma sondagem encomendada pelo Parlamento Europeu revela que a pandemia do novo coronavírus cortou o rendimento a cerca de 45% dos portugueses. Portugueses, na sua maioria, acham que a União Europeia (UE) devia ter mais competências para combater crises como a pandemia de Covid-19.
Cerca de 45% dos portugueses adiantam que a pandemia já teve impacto no seu rendimento individual. Já 31% espera que isso vá acontecer no futuro. Estes dados pertencem à terceira sondagem encomendada pelo Parlamento Europeu este ano sobre a UE e a opinião pública, e foram divulgados na passada quinta-feira.
Segundo o Público, na Europa, 39% dos inquiridos revelam que a crise já teve impacto nos seus rendimentos individuais e 27% espera que isso vá acontecer no futuro. Os resultados desta sondagem mostram também que as jovens e famílias com crianças são os mais atingidos pela crise, sendo que 64% dos europeus entre os 16 e os 34 anos afirmaram já ter sentido algum tipo de dificuldade financeira. Já 27% dos inquiridos com crianças revelam que já recorreram às poupanças mais cedo que o esperado.
Pelos portugueses, “incerteza” é o estado de espírito mais descrito. Cerca de 60% portugueses (e 50% dos europeus) indica este estado de espírito como o seu principal estado emocional. Cerca de 83% dos portugueses (e 66% dos europeus) acredita que a UE devia ter mais competências para lidar com a gestão da pandemia, e cerca de 67% dos portugueses (54% dos europeus) defende um orçamento mais apropriado e apto a lidar com esta crise.
De acordo com o Público, cerca de 77% dos inquiridos concorda que a UE devia disponibilizar apenas fundos aos Estados-membros na condição dos seus governos implementarem o Estado de Direito e de princípios democráticos. No que ao orçamento diz respeito, cerca de 72% dos portugueses (54% dos europeus) refere que a saúde pública deveria ser a principal prioridade. Para os europeus, segue-se a preocupação com a recuperação económica e novas oportunidades para as empresas (42%), as alterações climáticas e a proteção ambiental (37%) e o emprego e assuntos sociais (3%).
De um modo geral, cerca de 61% dos portugueses estão relativamente satisfeitos ou muito satisfeitos com as medidas da UE no combate à crise pandémica. Já com os europeus, a percentagem desce para 46%. Portugal está entre os países com maior aumento (de 13%) entre os que acreditam que os prejuízos económicos estão as ser maiores que os benefícios para a saúde.
Uma grande parte dos inquiridos revelou ainda insatisfação relativamente à falta de solidariedade entre os Estados-membros da UE.
[Fonte: Público]
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