A CIP – Confederação Empresarial de Portugal lançou um comunicado no passado domingo, onde aponta para a necessidade de medidas mais consistentes, ponderadas e fundamentadas por parte do Governo.
No comunicado, lê-se: «Infelizmente, as decisões tomadas sábado, pelo Governo, não são consistentes, ponderadas e não estão sequer cientificamente fundamentadas. O Governo sabe que, em sede de concertação social, a CIP – bem como outras confederações de empregadores – foi claríssima nas reservas que levantou a este novo pacote de medidas limitadoras da mobilidade e, portanto, da atividade económica.»
A confederação avança ainda declarando que as medidas restritivas para os próximos fins de semana, bem como a tolerância de ponto, «traduzem-se num forte condicionalismo em relação a oito dias completos», acrescentando que a situação se intensifica «pelo encerramento das escolas a 30 de novembro e a 7 de dezembro, o que implica um problema adicional para centenas de milhares de pais que terão de assegurar a necessária assistência aos filhos».
Neste comunicado, a CIP aponta ainda para a gravidade da possibilidade de as empresas suspenderem a laboração nestes dias: «o país não pode dar-se ao luxo de perder tantos dias de produção, não existindo qualquer base científica que justifique o encerramento generalizado das empresas.» Para a CIP, «a celebração das efemérides à segunda-feira, como é prática habitual em vários países da Europa, teria sido um caminho adequado, já que limitaria os dias de paragem».
Em comunicado, lê-se ainda: «Constatamos, a este respeito, a incoerência entre a supressão de mecanismos de adaptabilidade de horários de trabalho (como o banco de horas individual) e o atual pedido de concessão de tolerâncias. Num momento tão difícil como o que vivemos, é fundamental que o Governo perceba que as empresas portuguesas têm compromissos a honrar — com trabalhadores e com clientes — e o cumprimento dessa responsabilidade é determinante para Portugal.»
De acordo com esta confederação, os apoios do Estado têm sido demorados e têm ficado “aquém” dos apoios que se lançaram noutros países: «A ajuda do Governo às empresas não pode ser por episódios e fatiada. Tem de ser imediata, forte e bem pensada.» Por fim, a CIP deixa o seu parecer: «Uma crise sem precedentes exige medidas sem precedentes.»
[Fonte: CIP]
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