Devido à subida drástica do número de casos de Covid-19, o Governo optou por um novo confinamento, semelhante ao que existiu em março e abril. Os detalhes serão conhecidos na quarta-feira, e as medidas entram em vigor a partir de quinta-feira.
Os detalhes relativamente às medidas vão ser conhecidos na quarta-feira, sendo que na terça-feira o Governo reúne-se com especialistas no Infarmed, pelas 10h. Também os candidatos presidenciais estarão presentes. Nesta reunião será avaliada a evolução da pandemia e da capacidade de resposta dos hospitais.
- O que irá acontecer às empresas e ao comércio?
Embora ainda existam detalhes por esclarecer, já há algumas certezas: o comércio não essencial, restaurantes e cafés vão voltar a fechar. De acordo com Pedro Siza Vieira, citado pelo Jornal de Negócios, as medidas passam pelo «encerramento de um conjunto de atividades». Entre elas está a restauração, que só poderá vender em take away, e o comércio não alimentar.
Irá também voltar a medida do lay-off simplificado. Segundo o ministro da economia, as empresas fechadas por ordem do Governo, incluindo os restaurantes, terão acesso ao regime, como aconteceu no confinamento de março/abril.
Ainda falta conhecer alguns detalhes relativamente a este novo confinamento, como, por exemplo, se irá haver exceção para o pequeno comércio (que pôde abrir durante o confinamento em maio), e quais os horários para os estabelecimentos que vendem bens essenciais, como supermercados, bombas de gasolina, etc.
Estas medidas, segundo o Público, deverão vigorar durante 15 dias, sendo que podem ser estendidas por mais duas semanas, consoante os números de casos e mortes. As medidas de recolher obrigatório que já se verificavam em algumas zonas ao fim de semana poderão ser estendidas à semana inteira. O teletrabalho mantém-se obrigatório.
Comparativamente ao confinamento da primavera do ano passado, a grande diferença reside nas escolas, que deverão, desta vez, permanecer abertas. Sendo que este novo confinamento apanha as eleições presidenciais, no dia 24 de janeiro haverá um alívio das medidas para que as pessoas possam ir votar.
O novo confinamento entrará em vigor às zero horas de quinta-feira, 14 de janeiro. As decisões sobre as medidas concretas, e sobre os detalhes que falta esclarecer, serão anunciadas depois da reunião do Conselho de Ministros de quarta-feira.
O Presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, confessa à RTP que compreende as «medidas extraordinárias que o Governo está obrigado a tomar», mas que exige «ajudas imediatas» às empresas obrigadas a fechar num curto período. António Saraiva, citado pela RTP, aponta ainda que «as ajudas têm de ser rápidas e imediatas, como imediato vai ser o encerramento de portas», de forma a manter-se o emprego, algo que «se tem conseguido», graças «às empresas». O Presidente da CIP acrescenta: «as empresas não vivem da comunicação das medidas, vivem da aplicação concreta das medidas.»
Fontes: Jornal de Negócios, Público, RTP
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